segunda-feira, 9 de março de 2015

ZONA 07



Escrito por Eliane Cardoso
    


          O que um dia foi uma Terra habitável, passou a se chamar por alguns de: Zona inabitável, Terra do abandono, Área de perigo, e entre outros nomes com o mesmo sentido... "sem vida".
Sei que nem tudo foi assim, mas pelos próprios habitantes e suas guerras com armas biológicas, vírus, extinções de várias espécies e a luta por terras, foi o necessário para o fim dela. Porem poucos cientistas que ali habitavam, construíram em segredo por vários anos um "novo lar", que foi sendo passado por anos e anos por outro vários cientistas, engenheiros e entre outros mais especialistas para a construção do mesmo. Não chegaram a esperar o fim da mesma (Terra) e passaram a viver nesse "mundo" feito por eles mesmo.
E com passar dos Anos e Décadas foram vivendo assim.. ate se formar no que é hoje. Uma área praticamente isolada de tudo e de todos, e não é uma área em que a riqueza tem a palavra, ou status de governança pudesse passar habitar nela. Pois foi pela ganância e muitas outras coisas que tudo foi destruído aos poucos.
Historiadores é o que nos contam relatos de como tudo se formou, como nós nascemos, e de como tudo se tornou no que vivemos hoje. Porem somente alguns buscam saber a sobrevivência, método de vida, e tudo mais daquela Era (Terra do Abandono). Confesso que sou um rapaz curioso, e busquei à fundo de como as coisas passaram a se tornar no que é hoje. Porem vou passar-lhes não tudo do que aprendi, mas sim algumas partes que pra mim são importantes.
A maioria das nossas áreas são subterrâneas, mas são preparadas para qualquer tipo de desastres, mais precisamente: Os terremotos. Bom, você deve se perguntar: -Os engenheiros que formou no que vivemos hoje, não deixou ninguém, e nem mesmo famílias habitarem nosso lar? A resposta seria não.
Nem mesmo crianças e bebes. Por um lado é algo que choca até hoje algumas pessoas, mas por outro lado, acredito que estavam evitando uma futura doença ou uma vingança de seus "filhos" que tiveram suas famílias do lado de fora.
A nossa humanidade, de início , foram criados em laboratórios, que hoje em dia se procriam de forma natural, e assim uma nação se formou. Sem doenças, anomalias, etc... Mas, temos equipes de exploradores para explorar essa "área sem vida", no intuito de saber se ha sobreviventes, mas não para resgata-los, e sim estuda-los.
Mas por muitos anos não foi encontrado nenhum. Então a única pesquisa que temos são insetos, plantas e alguns micro organismos...mas sobreviventes, nenhum.
Por um lado não entendo essa vontade de achar um sobrevivente, porque para mim não são importantes, não tem nada para oferecer, mas sei que para muitos cientistas é algo precioso para estudos.
Há muitas coisas que tinha o seu valor na Terra; Dinheiro, ouro, pedras preciosas, roupas de "marca", etc... coisas que pra mim são fúteis, porem era o que tinha "valor" naquele tempo. Aqui o que tem valor é a sua utilidade, se você não é capaz de estudar para se tornar um engenheiro, cientista ou ate mesmo não procurar a manter a estabilidade e a limpeza de onde vivemos. Que utilidade você tem para nós? Nenhuma, então você praticamente seria um "qualquer" que vive pra si e não para NG116 (como é chamado nosso habitat, que significa: Nova Gene + nº de Anos). Não nascemos para servir uns aos outros, limpar o que você suja, consertar o que você quebra, etc.
Se você não consegue, se você não alcança, se você não desenvolve em nenhuma área para a estabilidade.
Você será usado como cobaia ou então em combates em arenas para a diversão de muitos.
Alias, é o que mais gostamos.
Arenas são áreas em que os que não tem "utilidades" e os que são frutos de uma "experiência mal feita", lutam entre si até a morte. Porem antes de entrar em arena, são todos injetados por uma substancia em que o deixam alucinados e cheios de adrenalinas... não sei o que seria essa substancia, mas ja vi injetarem no pescoço, e raramente alguns não aguentam essa substancia em seus corpos, e morrem bem antes de lutar.
Eu preferi seguir a vontade de ser um soldado. E ao seguir essa vontade e servir, proteger, ajudar em pesquisas, resgates, etc, em geral, passam a ter suas vidas particulares extintas. Para muitos é uma loucura seguir esse caminho, mas para alguns é um estilo de vida em que você passa a aprender técnicas de sobrevivência, a ter também habilidades com tecnologias, estratégias, lutas corporais, lidar com qualquer tipo de armamento, e também métodos medicinais para qualquer tipo de situação que lhe possa ocorrer. Digo Extintas, pelo motivo de que "soldados" não podem ter famílias.

Nosso habitat é dividido por unidades, são divididas e chamadas de ZONA.
Dentre todas as 15 zonas espalhadas em cada área de NG116, a única que chama mais atenção é a Zona 07, área em que alguns funcionários em que ali estavam próximos, ouviram uma voz de uma criança ser emitida por trás dessa porta. Mas esse relato só ficou no mistério mesmo, pois as câmeras que haviam do lado de fora, foram danificadas por grandes desastres climáticos naquele dia.
Por muito tempo foi sustentado que o mundo fora dessas portas não existe mais vida, que não há sobreviventes.

Bom, me chamo Karl James, Líder da equipe de exploradores no ano NG115, e único sobrevivente da equipe que explorou a ZONA05. Estou sendo julgado pela execução e de quebrar regras na minha extinta equipe. Não sinto arrependido do que fiz, mas somente por não ter levado muita coisa para o lado racional.

Vou contar como tudo começou, e de como vim parar nesse julgamento que caso eu não for inocentado, me levará com certeza a arena ou mais uma cobaia de cientista.

Em NG115, uma equipe foi reunida para apresentação para o público. Então eu como líder apresentei cada um deles. Peterson Lira, médico da equipe, Lary Smith o Biólogo e Marje Foster a register (registra todos os passos da equipe).
Eu somente sabia o nome deles, e informações pessoais e profissionais de cada um, através dos documentos de registro. Mas não conhecia-os pessoalmente.
Ao fim da apresentação, fui conversar em particular com a minha equipe, para conhece-los melhor, e também para elaborar um rastreamento do local em que iremos explorar. Mas alguém chamava atenção, não só pela maneira de impor ideias, mas também sua beleza. Marje pra mim era perfeita. Mas essa perfeição, foi a minha desgraça.
Bom, para cada exploração, temos no máximo de 2 dias. Os motivos são devido a pouca diversidade de espécies e plantas, para pesquisas. Antes, equipes ficavam mais de 5 dias, e isso resultava a perda de alguns membros da equipe, devido as reações emocionais e físicas em conviver em um local “sem vida”.
Fomos para ZONA05, e ao ter pego várias amostras, e ter explorado vários locais. Eu tinha decidido que um deverá ser sentinela, enquanto os outros demais descansariam. Essa era ideia, mas como eu não conseguia dormir, levantei. Nem ao menos vi quem estava de sentinela naquela hora. Então foi que avistei a Marje, encostada nas pedras de pé. Me aproximei... Algo que não deveria ter feito. Foi então que puxei a seguinte conversa...

Karl: - Não consigo dormir
Marje: - rs
Karl: - Teremos dois sentinelas, irei ficar por aqui também de vigia.
Marje: - Ok Líder.
Karl: - ... Karl, meu nome é Karl. Pode me chamar pelo nome Marje.
Marje: -... Gravou bem os nomes... Karl
Karl: (Essa foi a parte que me senti um completo idiota, e somente sorri)
Marje: - Então posso ir deitar, Karl? Não faz sentido dois em pé.
Karl: - Tem minha permissão.

Mas por um lado foi até bom ter ficado acordado, mas por um lado não. Pois foi por causa de um ocorrido que tudo na minha equipe virou de ponta cabeça.
Mas enquanto ficava de pé, eu avistei uma sombra correndo próximo as pedras, e rapidamente chamei Peterson (médico) para acordar os demais. E fui logo explicando a equipe o motivo de acorda-los. Mas Marje foi logo falando...

Marje: - Temos que ir embora. Já fizemos tudo que tinha que fazer Karl.
Karl: - Quero explorar aquele lado, sei que tem algo ali nas pedras, vi algo se mexer.
Marje: - Desculpe Senhor, mas acho que estava com sono e viu coisas, já que não dormiu.

Imediatamente minha raiva subiu naquela hora e peguei ela pelo pescoço. Eu deveria ter matado quando tive a oportunidade, ou até mesmo ter seguido os conselhos dela de ir embora.

Karl: - Quem é você para me dar ordens? Ordens minhas é para obedecer!! Ouviu?! (em tom alto)
Marje: - kar... você... esta .. me sufocando ka.. karl... (sufocada)

Então naquela hora percebi o que estava fazendo. E com isso joguei ela no chão com força. Tanto que seu queixo ralou no chão. Mas cheguei falar novamente alto com ela.

Karl: - Que nunca mais se repita isso, senão eu mesmo te faço nunca mais sair daqui. E outra coisa, é LÍDER pra você! Não me chame pelo NOME!

Mesmo no chão, Marje me olha com ódio. Mas isso não me intimidava, fiquei ali de pé esperando que ela levante.
Então caminhamos alguns quilômetros até o local onde avistei a sombra. Então, encontrei uma criança correndo, e sem pensar 2x, corri atrás dela. E minha equipe correu junto.
E ao correr, acabei encontrando uma aldeia com, digamos, umas 15 pessoas.
Aproveitei aquela oportunidade única, pois a minha equipe foi a única que conseguiu encontrar sobreviventes. Então decidi ficar mais tempo para estuda-los. Passei isso para minha equipe, mas com os olhos virados para Marje. Eu infelizmente a desejava, mesmo sabendo que ela era minha dor de cabeça na equipe. Mas ela citou nenhuma palavra enquanto eu passava as coordenadas.

Então passamos 4 dias fazendo pesquisas e colhendo objetos e sangue para estudos. Foi então que tive a infeliz ideia de ir com Peterson até o outro lado das rochas para pegar o restante dos materiais que deixamos no primeiro acampamento. Pois com os estudos, não tivemos tempo de voltar e buscar.
Não demorou nem 30 min, e ouvi o chamado do Lary no rádio, quando estávamos pegando os materiais. Ele Pediu gritando pra que eu volte correndo, pois a Marje está matando geral. E naquele momento, eu senti arrependimento de não ter matado, quando tive oportunidade.
Voltei correndo, larguei tudo que tinha em mãos e deixei Peterson la. Ao chegar próximo a aldeia, so avistei corpos no chão, e Lary encostado e ferido. Então preparei a minha arma, e fui devagar até encontrar ela. E ao encontra-la, eu mirei em sua cabeça, porém, ela foi mais rápida e mirou em mim. Então trocamos tiros e acertei o braço dela, que rapidamente largou a arma e saiu correndo (armamento pesado, evita correr rápido). Pra não perde-la de vista larguei o meu armamento e também corri atrás dela. A única coisa que eu queria era acabar com a vida dela.
E durante esse corre, corre, a Marje me grita.

Marje: - Karl me escuta! Por favor escuta!!Tive meus motivos pra isso!! (correndo)
Karl:- Não interessa seus motivos! Vou acabar com VOCÊ!! (correndo)
Marje:- Deixe-me explicar Karl por favor!! Ahh! (Marje tropeça e cai)

Assim que ela caiu, não perdi a oportunidade e pulei emcima dela, que na mesma hora ficou se debatendo pra sair, e  ficava gritando e querendo explicar o motivo. Então tirei seu capacete (que registra) e dei-lhe um soco tão forte, que se pudesse socava mais. Mas no primeiro soco que dei, ela não se moveu. Então fiquei uns segundo por cima dela, olhando e pensando o quanto seria diferente se as coisas fossem de outra maneira entre nós.
Então eu me levanto, e empurro um pouco o corpo dela e nada dela se mexer. Então de raiva, empurrei com força para uma altura de 4 andares. E junto chutei o capacete.
Não olhei para trás e segui de volta para ajudar Lary.
Mas assim que ajudei Lary a se levantar, fui chamar pelo rádio o Peterson, mas Lary veio logo me perguntando da Marje.

Lary:- Marje?! onde ela esta Senhor?
Deixo ele sem respostas, e ele volta a perguntar...
Lary: - Líder me diz o que houve com ela. Cade a Marje? Você fez algo com ela?
Então, essas perguntas me deixaram tão irritado, que virei para ele e falei gritando: -Marje morreu!!
Assim que acabei de falar, Lary puxou sua arma e apontou pra mim, mesmo caindo de tanto ferimento.
Na mesma hora falei pra ele atirar. E que Marje deveria ter atirado em sua cabeça, por ser tão idiota em defende-la. Mas Lary tremia, pois não conseguia segurar direito a arma por ser pesada. Poupei a vida de Lary, e tirei a arma de sua mão. E Lary começou a chorar. Então, ajudei a levantar e a carregar ele novamente de volta ao acampamento enquanto eu chamava Peterson.
Lary então passa a relatar o que houve.
Lary: - Eu não entendi nada Senhor... eu só ouvi um tiro ...e corri pra ver o que houve. E o primeiro que ela matou foi o chefe da aldeia...então os demais homens foram pra cima dela para atacar. Eu fui pegar minha arma para impedi-los de ataca-la...mas Marje matou todos eles e atirou em mim também... mas acho que pensou que eu fosse impedi-la. (Falando com grande esforço)

Mesmo Lary relatanto isso pra mim, ainda não consegui entender o motivo dela fazer isso.
Então ele continuou a falar.
Lary: - Estudamos juntos Senhor... era apaixonado por ela, sempre fui... Quando eu soube que ela veio pra nossa equipe, eu achei que seria uma chance de me aproximar de outra forma.
Na mesma hora entendi sua paixão por ela, mas repreendi sua atitude. E disse que se eles tivessem alguma coisa aqui, eu mesmo daria cabo em ambos, pois não pode haver nenhum tipo de relacionamento durante a exploração. Lary entendeu, mas disse que não iria prejudicar a equipe, mas sim tentar alguma chance com ela.
Essa conversa ja estava me incomodando, ainda mais relacionamentos. Então deixei Lary deitado no acampamento aguardando Peterson e fui para fora, olhar a tragédia que Marje fez. E logo em seguida, olhei para a direção em que joguei Marje. E me perguntei... “Será que ela sobreviveria”?
Peterson então aparece, e rapidamente pedi que ajudasse o Lary que esta ferido no acampamento.
Lary enfaixado, e quase tudo de estudos perdidos, e eu ainda pensando no que responder quando sair de ZONA05.
No caminho ao primeiro acampamento com Lary e Peterson, Peterson me pergunta, onde esta  Marje. Na mesma hora pedi pra ele não falar o nome dela. Que la fora eu responderia.

O 4º dia já estava anoitecendo. Então resolvi mais uma vez, esperar amanhecer, para nos retiramos.
Peterson, estava de sentinela. Mas ao amanhecer, acordei com uma arma na minha cabeça. Era Peterson apontando pra mim. Não entendi nada, mas pedi calma e explicação para aquela ação. Então Peterson gritando perguntou o que fiz a Marje. Na mesma hora pensei..”aff mais um apaixonado por ela?”
Então eu disse que ela matou todos da aldeia, e teve punição. E ele questionando qual punição.
Só respondi: A morte.
Peterson me olhou com cara de espanto, e disse que não era esse procedimento, e que ela deveria ser julgada la fora. Pois o capacete dela gravou todas as ações.
Eu respondi que nem o capacete resolveria o que ela fez. Que adiantei todos la fora por livrar-nos de uma louca.
Peterson me xingou de desgraçado, e atirou. Por sorte eu desviei meu rosto e consegui tirar sua arma, mas chegou a acertar meu ombro. Então tivemos uma luta corporal. Então fui jogado para cima dos vidros em que Lary coletou amostras, e vários outros estudos que tivemos. Fiquei com tanta raiva que larguei essa de luta corporal e peguei a arma do Lary e dei um tiro certeiro em sua cabeça. Peterson na mesma hora, cai morto. Eu olho, em segundos...e largo a arma e me pergunto o que eu fiz. Aquilo não deveria ter terminado daquela forma. Peterson não era meu amigo, do lado de fora, alias, nenhum deles. Mas quando olho para trás, avisto Lary me olhando espantado e dizendo.
Lary: -Seu.. seu assassino, você.. quer matar a todos nós?
Eu fui explicar a ele que Peterson quis me matar, e eu apenas me defendi. Mas Lary não quis saber de explicações  e perguntou se eu o mataria também.  Mas Lary entra novamente no acampamento e não me ouve.
Como Lary não quis me ouvir, fui buscar um pano em meu acampamento para enrolar Peterson.
MInutos depois, acabo de enrolar seu corpo, eu carrego ele pelo ombro (o que não está ferido) , no intuito de coloca-lo próximo ao acampamento dele, para assim que arrumarmos nossas coisas eu o levaria para fora da ZONA05.
Mas ao carrega-lo nos ombros. Levo um chute nas costas, que me empurra para uma queda que não faço ideia de quantos metros cai. Cai junto com Peterson. Por sorte ou não me machuquei mais, pois o corpo amorteceu a queda.
Aquilo pra mim era demais. De todas as equipes com que explorei, essa foi a que mais me deu vontade de exterminar.
Então, esperei um bom tempo, e sai de cima do corpo do Peterson. E na mesma hora senti uma dor desgraçada no . Pensei que estivesse torcido ele, mas infelizmente quebrei. Então peguei um pedaço do pano que enrolava o corpo, e enfaixei meu pé, em seguida fui mancando até uma área aparentemente mais segura.
Encostado na parede e com muita dor, olhei para o chão e vi pedaços do uniforme da Marje.
Mas o que seria isso? Foi atacada por alguma coisa?Sobreviveu? Aquilo realmente me deixou muito curioso. Então fui seguindo os rastros onde eu encontrava outros pedaços da armadura.
Então próximo a água, encontrei Marje. Ela estava despida e se banhando, estava bastante arranhões. Fiquei parado observando. Não tinha nada quebrado. Nem a queda conseguiu acabar com ela. Porém, eu conseguia ver cada detalhe de seu corpo. Fazia tempo que não olho assim ao vivo uma garota dessa forma, pois minha vida foi somente dedicar as operações de exploração.
Pra não deixa-la constrangida, não olhei mais, e deixei ela se banhando, mas fiquei no aguardo da saida dela na água.
Ouvi um barulho, e vi que Marje estava saindo da água e colocando o macacão de seu uniforme. Foi então que esperei ela se vestir e me aproximei e chamei seu nome. Marje olha pra mim, sem ao menos espantar com a minha presença e fala.
Marje:- Gostou do que viu Senhor?
Eu na mesma hora fiquei sem palavras, pois ela sabia o tempo todo que eu a observava nas águas. Então respondi.
Karl:-Não sei o que esta perguntando, mas temos que sair daqui.
Marje:- Sair daqui? Já estamos perdidos Senhor (aproximando de Karl)
Karl: - Não estamos, pois se conseguirmos de alguma forma subir, com certeza vou achar o caminho de volta.
Marje:- Desse jeito que o Senhor esta, vai sair daqui só em NG3000 rsrs (risos)
Como sempre Marje consegue me irritar, então segurei ela pelo macacão e disse que eu poderia ter tido certeza de sua morte, pra não ter que ouvir mais bobagens. Mas Marje ri, e me olha de uma maneira estranha e fala...
Marje:- HUmm, acho que não, pois você me olhava com tanto...desejo(sussuro)
Então foi nesse momento que quebrei as regras. Não a matei, mas sim beijei.
Foi tudo tão louco , que Marje começou a tirar o macacão, eu pedia pra ela não fazer isso, mas do jeito que as coisas estavam, quem obedecia era eu. Eu não resistia a ela.
Dormimos, e ao amanhecer já se fazia 5º dia que estavamos fora da NG, olhei para o lado e vi Marje deitada comigo me olhando. Ela pegou em meu rosto e eu tirei a mão dela e levantei.
Coloquei meu macacão e fiz uma pergunta que estava me afligindo.
Karl:- Marje... Porque fez aquilo? porque matou aquelas pessoas?
Então Marje irritada, levantou e foi se vestir. Foi então que aproximei dela e segurei pelo braço.
Karl:- Responda-me Marje! Preciso saber o que houve!
Marje:- Agora quer saber o motivo? Antes nem queria saber, e só queria me matar!
Não tiro o motivo dela em não responder, pois eu agi por impulso em querer mata-la. Mas ela deu uma respirada longa, e disse.
Marje:- Ok... vou te responder.  Ficamos eu e Lary aguardando o Senhor e o Peterson. Então ouvi uns barulhos estranhos, então fui andando até as pessoas que estavam dançando na aldeia. E Encontrei uma criança... ela foi jogada despida no meio do nada, como sacrificio. E... na mesma hora, eu soube de onde vim, e o que houve comigo... Karl... Eu era uma deles, e fui resgatada por um dos habitantes de NG.
Eu fiquei sem palavras, não acreditava no que eu estava ouvindo, aquilo era absurdo demais. Não tinha como alguém entrar em NG... a não ser...
Então na hora, lembrei da ZONA07, em que teve o rumor de uma voz de criança do outro lado do portão. Pensei que fosse só rumores, mas era ela...
Fiquei pensando em tudo que houve entre eu e ela, de como fui me envolver em tudo isso. De como fui me contaminar por esse tipo de gente. De como tudo aquilo que eu estava passando estava sendo um pesadelo.
Peguei o restante dos meus vestimentos, e fui andando. Marje não falou nada. Entendeu muito bem a raiva que eu estava sentindo. Não olhei para trás e deixei ela la.
continuando....

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