Kuromir Barba-de-sangue
Escrito Por: Iago Barreto
Tão ao norte quanto uma bússola pode te levar, mais ao norte
do que a pele humana pode aguentar o frio existe uma montanha, mas qual seria a
diferença desta montanha para outra qualquer? O que há de especial nela não
está onde os olhos de uma águia podem ver, sim aqui vivem os anões, raça de
pequenos homens parrudos, de barba volumosa e de teimosia conhecida por todos
até o mar e depois dele, e nesta cidade que vive thuromir mão-de-martelo, este
meu pai, um ferreiro tão hábil quanto o
próprio fogo que nasce na montanha, bem, quando nasci logo foi percebido em mim
uma aptidão para o manuseio de armas,
talvez uma habilidade herdada de meu
pai, logo aos 20 anos (o que é um piscar de olhos na longa vida de um anão) consegui
entrar para o regimento dos soldados da fortaleza, aquele dia vi meu tão feliz
quando no dia em que forjei minha primeira adaga, que por sinal ficou horrível,
ele dizia que eu seria o guerreiro que ele nunca tinha sido, o orgulho que ele
não pode proporcionar ao seu pai, meu avô, naquela noite fomos todos dormir de
barriga cheia e barbas molhadas de cerveja.
Eu acordava todos os dias, bebia uma caneca de cerveja,
abraçava meu velho pai, então vestia minha armadura e logo saia, me dirigindo
ao meu posto pouco metros fora da poderosa fortaleza por entre as montanhas,
dias após dia, nada mudava, nem mesmo nós mais adversos dias como nevascas ou
supostos ataques de Orcs eram o suficiente para retirar um sentimento estranho
do meu peito, algo não estava certo, e como sempre voltava para casa, via nós
olhos de meu velho pai a satisfação por ter seu único filho com um posto tão
“honroso”... honroso talvez para ele, não para min, eu queria algo, algo que
fosse além de ficar parado em pé ao lado de um portão fechado o dia inteiro,
essa ideia consumia minha mente como vermes consumiam um cadáver, a forja
também não trazia nenhum conforto,e engraçado já que os melhores ferreiros são anões, e nem me venha falar sobre aqueles de orelha pontuda, não importa o quão quente ela estava ou
quanto metal eu tinha a minha disposição, nada me fazia realmente feliz.
Aos poucos fui entendendo, a vida de soldado ou ferreiro não
eram o suficiente para min, eu queria algo a mais, e eu iria ter, ao explorar
as vastidões do mundo, cada rio atravessar, cada floresta desbravar, mas como
poderia eu um jovem anão sair do antro da montanha? como poderia eu deixar meu
velho pai? Dizem que um anão tem amor a poucas coisas, a primeira é a montanha,
seguida pelo ferro e por último a batalha é o sangue, e eu não me sentia
completo aqui, então decidi partir deixando apenas 2 coisas para meu pai a
primeira era um pequeno bilhete dizendo...
“ Desculpe meu pai, mas
o senhor um dia vai intender, nem a forja nem o militarismo me faziam felizes, por
isso decidi partir em busca de min mesmo, como o senhor mesmo disse, serei um
orgulho do vovô e espero que seu também, deixo com o senhor minha pequena
adaga, lembra? A primeira adaga que eu fiz, ela servirá para que se lembre de
min enquanto estarei fora.... Prometo que um dia voltarei…”
Naquele dia parti, sem nada se não minha espada e um manto
negro, olhei para traz apenas para contemplar a montanha na qual vivi, enquanto
subia a montanha, para nunca mais voltar....
Continua.......
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